Há em você um segredo que escapa ao toque,
como o voo fugaz de uma borboleta sob o sol quente,
leve, imprevisível, e ainda assim, eterna.
Capturar sua essência é como tentar abraçar a névoa:
escorre pelos dedos, mas deixa a doçura do frio da manhã.
Nas coisas simples, sua alma se revela.
No som do vento, que canta nas folhas douradas,
no reflexo suave que dança sobre o rio,
ou no aroma do café quente, que acalma os dias densos.
Você é a pausa no caos,
o instante suspenso que nos ensina
a beleza do ordinário.
Mas há tempestade em você.
Um turbilhão que rasga o silêncio,
agita o coração e desfaz certezas.
Na inquietude, você floresce,
como uma flor que rompe o asfalto,
insistindo em viver onde o impossível parece reinar.
Você é o eco de algo maior,
uma memória antiga que não vivi, mas sinto.
É o silêncio que fala mais alto,
o vazio que se preenche de sentido,
a dança entre luz e sombra
que só os olhos atentos podem entender.
E, no fim, você é um convite.
Um chamado para sonhar,
para olhar além do horizonte,
e acreditar que há raízes invisíveis
que sustentam a imensidão.
Porque, meu amor, o que você desperta
é como o vento:
sem forma, mas capaz de mover o mundo.
Ele renasce a cada suspiro,
a cada gesto,
e nos leva, sem pedir licença,
para onde a razão não alcança,
mas onde a alma encontra finalmente seu lar.
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Autor:
Sezar Kosta (
Offline)
- Publicado: 19 de fevereiro de 2025 11:01
- Comentário do autor sobre o poema: Sabe aquele momento em que você sente algo tão profundo, mas tão leve, que não consegue explicar? Foi assim que nasceu esse poema. Como tentar abraçar a névoa, como capturar o vento que passa entre as folhas. Uma mistura de simplicidade e tempestade, onde o amor se esconde nas coisas pequenas, mas também nas que nos agitam. Escrevi tudo isso depois de perceber que o que move o coração é mais invisível do que parece. E aí, o que você acha? Quero saber sua opinião! Deixe seu comentário, vai ser um prazer ouvir!
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
- Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta
Comentários1
Um poema bem leve. Senti um abraço ao ler seu poema. Muito gostoso de ler. Parabéns poeta. Bom dia.
Ao nos deixar tocar pela intensidade desse afeto, sentimos como se nossa alma fosse chamada a um encontro com o além, com aquilo que não vemos, mas que nos conecta com o que há de mais profundo em nós.
Fiquei super grato pelo seu comentário! Essas trocas são o que fazem o vento da inspiração continuar a soprar. Que seus dias sejam leves como a borboleta no poema, e que você sempre saiba ver a beleza nas pequenas coisas, como o reflexo do rio nas folhas douradas.
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