Ardiloso és tu
Oh! Retrato infiel
Sombreia minha alma
Não espelha a intrincada teia de particularidades
Partículas gotejadas de vida
Tingida e vivida em partições
Retratando apenas o reflexo da vitrine
Assim, és tu
Amalgamando
No ínfimo, íntimo e infinito
Aquilo que em mim jaz
Isso não me apraz
Este é meu eu
Céu enclausurado no ego
Distante e soterrado no “id”
Vide meu nervoso sistema
Lema e dilema do meu pedido de socorro
Esvaindo o sopro que ainda me resta
Então, morro... morro... morro.
Cada morte é um ciclo que se encerra
A Fênix renasce
Não das cinzas, mas da torrente sanguínea do esforço
Sofrimento apaziguado e depurado
A cada novo esboço
Início e fim
Coexistindo, assim
Período após período
Como num movimento pendular
Testemunha ocular
Da forja que produz
Intermináveis recomeços
São apenas adereços
Grilhão que não se deixa quebrar
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Autor:
Gilberto C. S. Jr. (
Offline)
- Publicado: 19 de fevereiro de 2025 07:32
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
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