RENOVAÇÃO DA ALMA NO FIM DE SEMANA

Sezar Kosta

A semana se despede,

como um suspiro cansado,

e o fim de semana nasce,

suave, como o primeiro raio de sol

que toca a terra adormecida.

 

Abro a janela da alma,

deixo o vento murmurar segredos antigos,

acariciando os vestígios do dia,

levando as sombras que ainda resistem.

A brisa limpa o rosto,

como mãos que tocam um coração cansado,

e dissolve as marcas do caminho.

 

O mar, distante, fala em silêncio,

sua canção embala os pensamentos,

que flutuam, leves,

como aves que voam sem destino.

O corpo se entrega à areia,

livre, como se o tempo fosse apenas uma lembrança.

As dúvidas são marés,

se afastam sem deixar marcas.

 

Olho o horizonte,

onde o céu não tem pressa,

como se soubesse

os mistérios que meu coração ainda tenta entender.

O café, quente, no amanhecer,

abraça a alma,

como um amigo que chega sem aviso,

trazendo à tona memórias de serenidade.

 

Na dança das folhas,

a vida segue o compasso do vento,

em um ritmo que nos guia

sem perguntas, sem respostas.

E todos ao meu redor,

em seus olhos, buscam o mesmo refúgio:

o lugar onde o coração se encontra em paz.

 

Neste fim de semana,

façamos uma purificação da alma,

removendo as pedras que pesam o corpo,

plantando sementes de paz

que florescerão no jardim da tranquilidade.

 

Que a luz que entra pela janela

ilumine também os cantos mais escuros do ser,

e que o amor, como o vento,

entre sem pedir,

como uma brisa suave que nos envolve.

Que este momento seja renascimento,

um lembrete do que somos,

e do que ainda podemos ser.

  • Autor: Sezar Kosta (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de fevereiro de 2025 07:40
  • Comentário do autor sobre o poema: Às vezes, um fim de semana chega como um abraço apertado depois de uma semana cheia de batalhas. A ideia para esse poema surgiu, de forma quase mágica, enquanto eu me deixava levar pelo vento suave que tocava minha janela, como se quisesse me contar segredos do tempo. Não pensei muito, só fui escrevendo o que sentia, permitindo que as palavras fossem como a brisa que renova a alma. O mar, o café quente, a dança das folhas... tudo isso me levou a um estado de serenidade que eu quis compartilhar. Agora, quero saber de você: o que esse momento trouxe à sua mente? Deixe seu comentário e vamos trocar ideias!
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