Ainda me lembro da daquela primavera...
Seu corpo lasso, mergulhado entre meus braços,
o meigo encontro dos olhares e dos passos,
tresmudando pro real antiga quimera!
Estão vivos em minha mente aqueles traços
que, ornavam o salão qual mimosa aquarela,
adornada, talvez, por artista de outra esfera,
e, cuja lembrança inda deixa os olhos baços!
Meu outono da vida chegou apressado
mas, aquela nota de amor inda ressoa
dentro d’alma, agora em tom ameno, mais lento
pois, na sombra do tempo, o amor jaz embaçado,
e, o lance, que um dia foi longo, agora ecoa,
como curto compasso sussurrado ao vento!
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Autor:
Nelson de Medeiros (
Offline)
- Publicado: 13 de fevereiro de 2025 09:28
- Categoria: Amor
- Visualizações: 27
- Usuários favoritos deste poema: Maria dorta, DAN GUSTAVO, Fabricio Zigante, Helena Rodrigues
Comentários2
Hoje dansei com você essa valsa
Fui muito ousada pois nunca treinei
Nem mesmo na minha formatura ousei.
Mas,com você dansei e voei!
Que bom voltar a ler poemas desse Rei!
Meu caríssimo Poeta e amigo,
Que linda valsa ainda "dança"
na sua lembrança...
Quando o amor é verdadeiro, ele acorda connosco e adormece connosco !
Mesmo não estando mais fisicamente, ele foi, ele é; parte de nós eternamente...
Tal como você também danço nas minhas memórias, o amor que tão cedo a morte resgatou...
Parabéns por tão linda poesia
Saudações poéticas amigo Nelson
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