carrego uma viola sem cordas
esbranquiçada de noites na rua
na qual eu ponteio meu silêncio
trago um livro peludo no gibão
e um cãozinho fiel de capa dura
que pouco estica minha sombra
mas que abana o rabinho incerto
silente e um tanto desarrazoado
levo também um pedaço de céu
amassado sob o forro do chapéu
com punhados de fiapos de brisa
restolhos de palavras não faladas
e um cálice de suspiro esquecido
é quase dia e então eu sigo assim
com minhas faltas bem expostas
num varal de estender quietudes
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 11/02/25 --
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Autor:
Antonio Luiz (
Offline)
- Publicado: 11 de fevereiro de 2025 07:44
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
- Usuários favoritos deste poema: Antonio Luiz
Comentários1
Lindo... 'esqueceu' de citar a sua verve ou poesia te acompanhando e chegando até nós! Um bom dia, irmão em letras!
Bom dia, caro irmão em letras Dan!
Muito obrigado pela gentileza da leitura e pelas palavras aí colocadas de forma tão amável!
Aproveito para me desculpar pela falta de comentários em teus trabalhos e nos de outros amigos e colegas: eu tenho tido pouco tempo e não gosto de fazê-los com pressa e nem de correr o risco da indelicadeza de priorizar apenas alguns.
Um forte abraço.
Tudo bem, meu irmão em letras...! Fico grato por tão honorável retorno! Muito obrigado e volte sempre quando puder e quiser! Uma boa tarde!
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