"Estou fora do escritório, explorando novos horizontes. Voltarei em breve com novas ideias e energia renovada!"
Numa aldeia de murmúrios,
Onde palavras voam sem rumo,
Moram velhas e velhos artífices,
Que pintam com cores de fumo.
Sussurram segredos ao vento,
Versos de um falante prudente,
Mas o eco distorce o intento,
Transformando o vinho em serpente.
No círculo de vozes ociosas,
Espalham histórias, inventos,
Criando um palco de prosas,
Com enredos de "tormentos".
Telefone sem fio, a corrente,
Cada vez mais longe da verdade,
E a verdade se torna ausente,
Perde-se na infidelidade.
Compulsão por contar, deturpar,
Por dar vida ao imaginário,
Afastam-se da realidade,
Num teatro fantasmagórico.
A maladia alastra-se e cresce,
Toma os lares, vizinhos também,
A fabulação compulsiva não termina,
Nos laços que unem o além.
E assim vivem, dia após dia,
Nas tramas do falar sem freio,
Pelas curvas da duplicidade,
Num eterno e louco enredo.
By Lunix.L
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Autor:
Lunix.L (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 7 de fevereiro de 2025 05:33
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 7
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