A espera do beijo e o depois

Antonio Luiz

a boca se punha em  estado de carícias

como se posasse para  um  novo  poema

a ser construído em papéis umedecidos

com versos halitados em olor  alviverde

de lírios do brejo com folhas de hortelã

 

a fronteira do beijo, olhos não atingiam

o toque era iminente, os lábios  sentiam

na pele rosada e roubada dos  pessegais

e dos rápidos frêmitos eriçantes, depois

um hiato, em que a brevidade de perdia

 

é que a outra boca guardava uma chave

do portal de um paraíso manso e florido

em que o sussurro do córrego de salivas

movia uma roda que  dilatava  momentos

e até o tempo de ser o que é se esquecia

 

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 06/02/25 --

  • Autor: Antonio Luiz (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de fevereiro de 2025 09:31
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 8
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