QUASE AMOR

sun

No entrelaçar de sonhos, um quase se fez,

Um romance vivido, onde o tempo não foi tão cruel,

O mais lindo dos quase, o amor que não se deu,

Um namoro imaginário, um enigma de um céu.

 

Não posso dizer que fui só eu a amar,

Mas o que me consome é o "e se?" a vagar.

 

E se eu tivesse falado o que sentia em meu peito?

E se a vida, em sua dança, nos tivesse dado um jeito?

As vezes me pergunto, em silêncio profundo, Se ao menos você gostou de mim nesse mundo.

 


Amor que transbordou, mais que eu mesma a amar, Como Jacó por Raquel, eu esperei, a sonhar.


Teus olhos, um espelho, o amor que eu vi, Era apenas reflexo do que eu tinha em mim.


Não te odeio, não, pois você não é a culpa, O que eu mais detesto é a dor que em mim pula.


Parece tão louco, tão idiota, eu sei, Eu, a abelha rainha, me apaixono e não sei.


Por uma flor que se fecha, que não quer se abrir, E sigo esperando, mesmo sem existir.


Vou te esperar, mesmo que o tempo se vá, Dez, vinte, trinta anos, não importa, eu estarei lá.


Seja como amiga, colega ou amante, Ou até como inimiga, meu eterno instante.


Assim sigo, Sol, com o coração a brilhar,
Nesse amor que é quase, mas nunca há de acabar.

Te espero na sombra, no sol ou na neblina,
Pois no fundo os seus sentimentos me empurram para uma colina.

  • Autor: sun (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de fevereiro de 2025 17:50
  • Comentário do autor sobre o poema: este poema foi escrito para o meu mais lindo quase, o primeiro amor aquele que te ilude mas mesmo assim vc considera o mais lindo amor...
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 14
  • Usuários favoritos deste poema: Gabriel Queiroz


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