Morre sem nascer

Arthur Mello Noos

 

A aurora sobe o monte com seu vestido colorido

Meus olhos cansados e enganados mente conturbada

Bebo da saudade fria

Um novo dia que será igual

Há tantos passados onde apenas lágrimas rimam

E o que fica é teu cheiro em meus dedos e teu gosto na lembrança

Doces seios em que bebi toda entrega

Releio agora apenas as melhores partes já rasuradas

O gavião que foge das aves menores

A lagarta morre em seu casulo

Fujo de algo que me encontra em uma brincadeira sem graça

Desnudo em mim e com frio

Onde somente teus lábios em amor me emudece

Seja o amor que comigo morre neste dia vazio.

 

Arthur Mello Noos

  • Autor: Arthur Mello Noos (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de fevereiro de 2025 06:30
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 8
Comentários +

Comentários1

  • Maria dorta

    Belo poema,embora ainda distante de convence_ lá a ser tua parceira. Tens engenho e arte. Use' _os !

    • Arthur Mello Noos

      Agradeço pelo comentário.
      Poemas são como borboletas que voam a nossa volta.



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