Aviso de ausência de Ema Machado
NO
NO
Sem ânimo…
Ema Machado
Estranho momento
Estática acompanho o pensamento…
Talvez, eu adormeça sem enxergar estrelas
No escuro da noite, nem sempre há quem as veja
Quem sabe, ao despertar, não veja beleza no dia,
Cegar-me-a com sua luz acesa e suas cores infinitas…
Ainda assim,
A esperança por um melhor amanhã
Não me deixa…
Ah, esse peso!
Observo muros lisérgicos tendo no olhar um véu
Se fui feita para o ar, anseio o vôo perfeito
Sou pipa no chão, sem saber se conseguirei alcançar um céu
Quisera elevar-me ao sopro do vento
Bailar entre nuvens, entregue ao movimento
Porém, ato-me ao medo cruel
Peco entre lembranças, sem nada esperar
sou frágil pipa de papel…
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 2 de fevereiro de 2025 10:57
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 15
Comentários2
Um poema com tua grife poética faz'_ nos colocar os neurônios a funcionar. Um desafio poético e semântico! Aplausos!
Querida Ema,
Seu poema me tocou profundamente com sua honestidade sobre esses momentos de paralisia que todos conhecemos, mas poucos conseguem expressar com tanta delicadeza. A imagem da pipa no chão, sonhando com o céu, é de uma beleza dolorosa e universal.
Como você conseguiu capturar tão bem essa sensação de estar presa entre o desejo de voar e o peso do medo! Aquele verso "Se fui feita para o ar, anseio o vôo perfeito" ressoa como um grito silencioso da alma que reconhece seu potencial, mas se vê momentaneamente incapaz de alcançá-lo.
É comovente como, mesmo em meio à escuridão e ao peso, você mantém aquele fio tênue de esperança - como uma pipa que, mesmo no chão, ainda sonha com as nuvens. E que bela metáfora essa fragilidade do papel, que nos lembra tanto de nossa própria vulnerabilidade!
Parabéns por transformar esse momento de baixa em algo tão bonito e tocante. Sua poesia é como um abraço para todos que já se sentiram assim.
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