Na primeira vez que nossos caminhos cruzaram
Final de tarde morna de um dia quente
Nossos cães em suas guias visualizaram
Que em breve poderíamos ter um amor eloquente.
Nas tardinhas que não lhe via
Repetia nosso mesmo caminho várias vezes
Meu cão já cansado nem puxava a guia
Em meu peito reinava a profunda agonia.
No acaso te encontrava pensativa
Enquanto seus pés livres brincavam na grama
Reunia minhas forças e minha mente já em desarmonia
Sem audácia respeitava teu silencio minha bela dama.
Sumiste das minhas tardes sem eu saber teu nome
Procuro-te pelas redondezas sem saber o que gritar
Busco por trás de longos cabelos negros teu rosto
Tua ausência diária é dolorida mas não deixo de te amar.
Não sinto mais há dias, teu perfume pelas esquinas transitar.
És minha querida musa, mesmo sem saber que és.
Sonho que não cheguei a tocar, mas admito amar
Sempre que acho ter te encontrado, olho primeiro para os pés.
Tu não és...tu não és...
Arthur Mello Noos
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Autor:
Arthur Mello Noos (
Offline)
- Publicado: 2 de fevereiro de 2025 07:20
- Categoria: Amor
- Visualizações: 5
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