Eu não me despedi,
Não deixei um bilhete, nenhum sinal...
Quis fugir de mim, pois ficar seria fatal!
Anestesiada pelas pancadas da vida,
Quando dei por mim, já estava de partida...
Dormente desde então, vagando pela vida estou,
Sendo espectadora de mim mesma, é a sina que para mim restou!
Não choro de raiva ou de alegria,
Meu choro por vezes é o transbordar da minha alma em agonia...
Meu sorriso não nasce mais em meus olhos, nem escorre pelos lábios,
Ele é tímido, gélido, apático...
Tem alguém aí dentro de mim?
Fico atônita esperando por uma resposta, enfim...
Ouço um sussurro, um eco internamente...
A esperança não morre assim, tão de repente!
Em pensar que já houve tanta vida, tanta garra, tanta vontade,
Hoje jaz o que restou de mim, um corpo sem alma, sem escolhas, sem a menor vaidade...
Saudades?
Eu confesso que sinto sim, mas se eu me deixasse voltar para mim, seria o recomeço ou o meu fim?
Fico a vagar por aí me questionando como tudo se perdeu?
Se a culpa foi da vida ou se a vilã da minha história fui eu...
Eu não me despedi, porque sempre estive aqui, escondida nas entrelinhas do passado
Assistindo de camarote ruir tudo que foi planejado...
Talvez anestesiar a minha alma não tenha funcionado,
Me sinto presa em uma caixa sem janelas, tendo que agir no automático...
A mulher que fui um dia me confessou que em breve voltaria, me encarando no espelho me prometeu...
É só um até logo,
Eu não me disse adeus!
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Autor:
Bruh Poesias e Luz (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 31 de janeiro de 2025 05:24
- Comentário do autor sobre o poema: Reflexão em poesia sobre se permitir dizer um até logo a si mesma, mas jamais um adeus!
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 6
- Usuários favoritos deste poema: Escritora Bruna Laís Amaral
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