matheusdantas

A ARTE DE OMITIR-SE

 Conscientemente, o ato de se exonerar
Sempre sobrevirá de um estado que convém ao esgotamento. 
E somente o exílio, pode ser o refúgio para que esse revés possa ter uma ação retroativa
Dando alguns instantes de calmaria em meio ao mal que lhe é provocado.

Por isto, é necessário ser franco
Quando testemunhamos a execução dessa real situação, ante aos nossos olhos
Numa conformidade de fluidez.
E pode ser que esta casualidade, seja a única oportunidade de nos encontrarmos
Entre tantos ideais colocados num requinte de consolo.

Possuímos um elo que é inquebrável,
Fazendo uma conexão com o que temos a pensar, sentir e observar
Visto que é algo deslumbrante descobrir essas características,
No entanto, quando isso se decai acerca da solidão, tomamos um choque deveras considerável
Tendo alguns resquícios de dramaticidade no primeiro momento.

Desse modo, é preciso que essa sensação seja experimentada
Pois, é o contato mais íntimo no qual é atribuído as conceituais inverdades
Apresentadas em raciocínios que culpa-nos de um estágio de introversão,
No intuito, de agravar uma ocorrência de recesso à frente de contratempos hiperbólicos
Entre uma alma aflita e a sua comoção arrebatadora.

E quando isso vier a ocorrer,
Será transcrito recomeços nobres, da qual trouxe frutos resilientes num contexto de perdição
Retirada da conveniência solitária de percepções singelas,
Encobertas por camadas de ódio e fel em circunstâncias de desesperança.

Em síntese este é o desfecho que deveríamos compreender,
Só que o tempo nos ensina, que é oportuno esse conhecimento ser usufruído gradualmente.
Afinal, nascemos e morreremos sós não é mesmo?
E a condição irrefutável dessa pergunta, me traz a mente que fazemos isso todos os dias
Uma vez que sobreviemos de uma constante mudança solene,
Através dos impasses que criamos.

  • Autor: M.Dantas (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de Julho de 2020 22:25
  • Comentário do autor sobre o poema: Em certos momentos o exílio é necessário em nossa existência. Para que possamos aprimorar os aspectos que envolvem o nosso ser, a fim de encarar as batalhas que enfrentamos dia após dia.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 18

Comentários1

  • Maria dorta

    Um mergulho no teu subterrâneo de onde desencavas todos os fantasmas imemoriais de tuas fantasias,o poema revela o lusco-fusco de teus conflitos que,apesar de tão novos,te revelam a face envelhecida dos enigmas transcendentais. A complexidade com que tratas os temas,evidenciam a dualidade do corpo jovem habitado por uma alma centenária. Vais te requintando e longe chegara's. Sigas,impassivel!

    • matheusdantas

      Realmente, possuo uma alma antiga habitável num corpo juvenil. No qual me deixa com requintes de constância em meus pensamentos mais infindos, sobre esta existência que cultivo nesse plano. Enfim, agradeço pelo teu comentário enriquecedor!



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