matheusdantas

A ARTE DE OMITIR-SE

 Conscientemente, o ato de se exonerar
Sempre sobrevirá de um estado que convém ao esgotamento. 
E somente o exílio, pode ser o refúgio para que esse revés possa ter uma ação retroativa
Dando alguns instantes de calmaria em meio ao mal que lhe é provocado.

Por isto, é necessário ser franco
Quando testemunhamos a execução dessa real situação, ante aos nossos olhos
Numa conformidade de fluidez.
E pode ser que esta casualidade, seja a única oportunidade de nos encontrarmos
Entre tantos ideais colocados num requinte de consolo.

Possuímos um elo que é inquebrável,
Fazendo uma conexão com o que temos a pensar, sentir e observar
Visto que é algo deslumbrante descobrir essas características,
No entanto, quando isso se decai acerca da solidão, tomamos um choque deveras considerável
Tendo alguns resquícios de dramaticidade no primeiro momento.

Desse modo, é preciso que essa sensação seja experimentada
Pois, é o contato mais íntimo no qual é atribuído as conceituais inverdades
Apresentadas em raciocínios que culpa-nos de um estágio de introversão,
No intuito, de agravar uma ocorrência de recesso à frente de contratempos hiperbólicos
Entre uma alma aflita e a sua comoção arrebatadora.

E quando isso vier a ocorrer,
Será transcrito recomeços nobres, da qual trouxe frutos resilientes num contexto de perdição
Retirada da conveniência solitária de percepções singelas,
Encobertas por camadas de ódio e fel em circunstâncias de desesperança.

Em síntese este é o desfecho que deveríamos compreender,
Só que o tempo nos ensina, que é oportuno esse conhecimento ser usufruído gradualmente.
Afinal, nascemos e morreremos sós não é mesmo?
E a condição irrefutável dessa pergunta, me traz a mente que fazemos isso todos os dias
Uma vez que sobreviemos de uma constante mudança solene,
Através dos impasses que criamos.