Eu Sou o Que Sou

Paulo de Tarshish

Nunca deixei de existir,
Nem nunca cheguei a nascer;
Sou eu, sou o que sou!
Sou aquele que tudo é, que vive e faz viver.

A minha mente vibra e ecoa,
Nela reside tudo o que é, foi e será!
Eu medito no meu âmago vazio,
E me torno o espaço e o tempo, onde tudo existirá.

Uma palavra me foge dos lábios:
É o meu filho, o verbo primordial.
No vazio do meu âmago, eu sinto florescer;
Sinto explodir no meu peito o grande ideal!

Sou pai que insemina,
Sou mãe que abre o seu ventre no espaço;
Meu verbo corre pelo vazio,
Criando estrelas e planetas a cada passo.

Nada sinto senão o que sou,
Nem ira nem fúria me controlam;
Fui eu que dei forma ao amor e ao ódio,
É de mim que vêm as lágrimas daqueles que choram.

Não rezem, pois tudo eu sei.
Quem tem necessidade, eu o alimentarei;
Quem merece o galardão,
Sem pedir, eu o premiarei!

Eu sou o cosmos!
Sou justiça imparcial;
Assim como eu dou,
Também tiro daqueles que propagam o mal!

Não tenho povos escolhidos,
Nem preciso de templos que me abriguem!
Nada o homem me poderá oferecer;
Que ele escolha e abrigue aqueles que precisem.

Um dia acordarei deste sonho,
E tudo voltará a mim.
Um dia recomeçarei esta grande obra,
Pois eu sou um ciclo sem início ou fim.

  • Autor: Paulo de Tarshish (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de janeiro de 2025 13:34
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 13


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.