A Cauda da Serpente

Catorze

Acordo,
sinto o amargor de já não ter dormido.
Levanto,
a cor dos meus olhos já não tem mais brilho.
Dirijo,
faço um acordo pra não trabalhar.
Me deito, 
reflito se de fato é necessário acordar.

 

Acordo,
e dessa vez eu vou ser produtivo.
Levanto,
faço caridade pra sentir; não sinto.
Acordes
do meu violão tapando meus ouvidos.
Eu deito,
a cada segundo cresce o vazio.

 

Acordo,
aceitando que não me existe sorte.
Subo,
acato a dor de já não ter mais vida.
No alto,
a cor do céu daqui parece tão bonita.
Eu pulo,
e enfim conheço quem de fato é morte.

  • Autor: Catorze (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de janeiro de 2025 02:56
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 31
Comentários +

Comentários1

  • Maria dorta

    Você deu um salto de qualidade,: pulo para o alto! E deves continuar compondo poemas e derramando neles seus sentimentos...não desista!

    • Catorze

      muito obrigado



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