Acordo,
sinto o amargor de já não ter dormido.
Levanto,
a cor dos meus olhos já não tem mais brilho.
Dirijo,
faço um acordo pra não trabalhar.
Me deito,
reflito se de fato é necessário acordar.
Acordo,
e dessa vez eu vou ser produtivo.
Levanto,
faço caridade pra sentir; não sinto.
Acordes
do meu violão tapando meus ouvidos.
Eu deito,
a cada segundo cresce o vazio.
Acordo,
aceitando que não me existe sorte.
Subo,
acato a dor de já não ter mais vida.
No alto,
a cor do céu daqui parece tão bonita.
Eu pulo,
e enfim conheço quem de fato é morte.