Perguntas ao céu

Metamorfose


Aviso de ausência de Metamorfose
NO

Eu grito aos céus,

Aos deuses que habitam o vento,

Ao universo que me cerca em silêncio,

Aos anjos que deveriam velar por mim.

 

Por que tudo isso ao mesmo tempo?

Por que o peso que curva meus ombros

E a tempestade que ameaça meu barco de papel?

 

Sinto que afundo, cada vez mais,

Num mar que não perdoa,

Que testa minha força e minha alma,

Como se eu fosse feita de aço. 

 

Mas, no eco das perguntas,

Talvez a resposta não venha de cima,

Talvez seja eu, a capitã de mim mesma,

Aprendendo a flutuar entre as ondas.

 

  • Autor: Metamorfose (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de janeiro de 2025 21:19
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 12
Comentários +

Comentários2

  • Lucas Guerreiro

    Nossa, que lindo poema! Confesso que vi algumas de minhas figuras preferidas refletidas em tua poesia: os ventos, os céus tempestuosos, as águas profundas e impiedosas que nos arrastam por aí e levam nossos frágeis barquinhos ao naufrágio, por fim, tragando nossas vidas em afogamento. (Uso essas metáforas em alguns textos que ainda não postei aqui). Espero que encontres a resposta de que necessitas, talvez, como você mesmo observou, ela esteja dentro de você, talvez ela seja você.

    • Metamorfose

      Que bonito o que você escreveu. Essas metáforas realmente traduzem muito do que sentimos ao enfrentar as tempestades da vida. Obrigada por compartilhar sua reflexão.

    • Marcelo Eduardo de Oliveira

      Gosto quando vc puxa para si a responsabilidade, apesar do peso e da dor se tornarem maiores. Mas essa é a postura adequada e pertinente. Essa tempestade vc já venceu...outras virão. Estou amando sua poesia. É como sair um pouco de mim mesmo e navegar noutros mares. Obrigado por existir, resistir e se exprimir assim de forma tão autêntica e bela. Estou começando a conhecer a beleza dessa Metamorfose!



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