Aviso de ausência de Metamorfose
NO
NO
Eu grito aos céus,
Aos deuses que habitam o vento,
Ao universo que me cerca em silêncio,
Aos anjos que deveriam velar por mim.
Por que tudo isso ao mesmo tempo?
Por que o peso que curva meus ombros
E a tempestade que ameaça meu barco de papel?
Sinto que afundo, cada vez mais,
Num mar que não perdoa,
Que testa minha força e minha alma,
Como se eu fosse feita de aço.
Mas, no eco das perguntas,
Talvez a resposta não venha de cima,
Talvez seja eu, a capitã de mim mesma,
Aprendendo a flutuar entre as ondas.
- Autor: Metamorfose (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de janeiro de 2025 21:19
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 12
Comentários2
Nossa, que lindo poema! Confesso que vi algumas de minhas figuras preferidas refletidas em tua poesia: os ventos, os céus tempestuosos, as águas profundas e impiedosas que nos arrastam por aí e levam nossos frágeis barquinhos ao naufrágio, por fim, tragando nossas vidas em afogamento. (Uso essas metáforas em alguns textos que ainda não postei aqui). Espero que encontres a resposta de que necessitas, talvez, como você mesmo observou, ela esteja dentro de você, talvez ela seja você.
Que bonito o que você escreveu. Essas metáforas realmente traduzem muito do que sentimos ao enfrentar as tempestades da vida. Obrigada por compartilhar sua reflexão.
Gosto quando vc puxa para si a responsabilidade, apesar do peso e da dor se tornarem maiores. Mas essa é a postura adequada e pertinente. Essa tempestade vc já venceu...outras virão. Estou amando sua poesia. É como sair um pouco de mim mesmo e navegar noutros mares. Obrigado por existir, resistir e se exprimir assim de forma tão autêntica e bela. Estou começando a conhecer a beleza dessa Metamorfose!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.