Me endiabrei
fiz uso de percalços e atalhos
fiz uso imoderado do tempo
hoje a solidão tomou meu espaço
levou aquelas sentimentalidades de palhaço
que no mundo marcavam gerações
de crianças com peraltices
Me santifiquei
fiz uso contínuo a cada orientação
me apropriei de asas angelicais
fiz uso incorreto do voo de anjos
faltou ainda orientação perita para o voo
faltou tudo menos a estação chuvosa na vida
talvez dilúvio à vista
Me esperancei
fiz questão de aprender xadrez
para reparar danos neurais
fiz questão do amor
e dos quesitos inabaláveis da fé
e por amor
me apropriei de todo calor
meu coração, me perdoe
por fazer te sofrer
Me avaliei
e chorei, mas logo pensei no rio que seca
e mata seus peixes
os rios são olhos que sempre escorrem sentimentos
enquanto há vida
eu guardo as lágrimas que dão sobrevida ao amor
mesmo em frascos pequenos
pois cada gota também contém alegria
Me alegrei
percebi que o lobo mal sofreu suas consequências por importunar
porcos indefesos
safou o que construiu a casa-forte
Me embriaguei fortemente
faço uso permanente dos teus beijos
na nossa boemia particular.
- Autor: CORASSIS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 10 de janeiro de 2025 18:52
- Comentário do autor sobre o poema: Imagem de caina luo por Pixabay
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
Comentários2
Uau que poema e que música. Parabéns poeta.
Gratidão por comentar , boa noite
Abraço .
Concordo com a Rosangela, é uma letra de música e ficou excelente a construção dos versos!!! Ótima!!! Beijos ao mestre poeta.
Gratidão querida , sempre presente , beijo no seu coração .
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