a cada movimento

Flavio Eduardo Palhari


Aviso de ausência de Flavio Eduardo Palhari
NO

Adoro te vendar enquanto te vejo dançar e tirar a sua roupa

Sei que procura na escuridão o som da minha voz a cada comando

Suas mãos deslizando pelo seu corpo a cada peça que cai no chão

isso me excita

sentado observo o meu domínio e a sua submissão

te ver de joelhos estendendo as suas mãos procurando as amarras

ainda perdida procurando ouvir a minha voz em tantas direções

eu testo a sua pele

seus sentidos

sua curiosidade ao tentar descobrir o que vem em seguida

adoro deslizar as pedras de gelo em seus seios

te ver mordendo os lábios

sentir em meus dedos o enrijecer dos seus mamilos querendo minha língua

meu chicote caminha pela sua espinha deslizando entre suas costas

adoro seu ultimo grito antes da mordaça

adoro saber que você sente o medo e o desejo de ter o desconhecido ali

entre quatro paredes

te levo pelos cabelos

de frente ao espelho retiro a sua venda para que possa ver e saborear o medo

adoro ver seu olhar assustado e ao mesmo tempo esperando viver cada desejo

sinto o tremer das suas coxas

sua vulva molhada e inchada pulsando em minha mão

adoro te cobrir de beijos enquanto te torturo

ver seu corpo se contorcer

seu olhar querendo dizer um não que ao mesmo tempo é um sim

a cada movimento te penetro e não vejo o tempo que agora para e não tem fim

sei que quer mais um tapa

que aperte as suas nádegas  

ouço seu gemido mordendo a mordaça

adoro sentir o seu anus tentando me expulsar enquanto me aceita

sinto o seu suor

o cheiro da sua carne em um perfume que se mistura ao meu

prefiro o calor do quarto

esse calor que faz com que a pele suada se misture ao lambuzar do gozo

adoro cada nó nas cordas que te prendem

adoro deslizar a minha língua em seu corpo dos seus pés ao pescoço

mergulhar entre as suas coxas procurando com a boca cada ponto seu

na meia luz  desse quarto ainda escuto um jazz enquanto retiro sua mordaça

de joelhos novamente

mudo as algemas

sua boca procura sugar por inteiro cada gota dessa primeira hora

seus lábios suaves deixam as marcas desse batom vermelho em meus nervos

a cada movimento suave , ligeiro , babado , frenético

seus olhos procuram uma expressão em meu rosto

te nego isso

em meu domínio aprendi que sou eu mesmo

aprendi a suavizar

a morder e a assoprar

ao te crucificar amo ver o seu corpo aguardando o açoite leve do chicote

antes de te possuir ali mesmo em pé

te puxando pela cintura em estocadas fortes

sentindo minha virilha espancar a sua bunda marcada

minhas mãos em seus cabelos te dominando a cada bate estaca

ate sentir suas pernas bambearem

ate sentir o escorrer do seu orgasmo tremulo

ver o deslizar dos seus pés pelo chão 

a marca das cordas em seus tornozelos

sua pele pedindo por um banho

amo te ver no chuveiro me esperando

aguardo um beijo seu com a sua boca ainda fria 

adoro te entender assim como me entende

assim como nós dois sabemos que não somos monstros

nem dementes

nem tão pouco transtornados

apenas dominador e submissa

apenas uma forma de amar em masmorras

mais livres de uma prisão de morais e costumes

de privações

e depois do banho vendo você ali entre a toalha

giro em minha cabeça o ponteiro

ainda vejo em sua carne o desejo a cada movimento

de suas mãos em meu peito

deslizando sem minha permissão como uma escrava indisciplinada

voltamos as amarras mais uma vez ...

 

 

 

 

  • Autor: Flavio Eduardo Palhari (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de janeiro de 2025 12:01
  • Categoria: Erótico
  • Visualizações: 11
  • Usuários favoritos deste poema: LadyBlack


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