Adoro te vendar enquanto te vejo dançar e tirar a sua roupa
Sei que procura na escuridão o som da minha voz a cada comando
Suas mãos deslizando pelo seu corpo a cada peça que cai no chão
isso me excita
sentado observo o meu domínio e a sua submissão
te ver de joelhos estendendo as suas mãos procurando as amarras
ainda perdida procurando ouvir a minha voz em tantas direções
eu testo a sua pele
seus sentidos
sua curiosidade ao tentar descobrir o que vem em seguida
adoro deslizar as pedras de gelo em seus seios
te ver mordendo os lábios
sentir em meus dedos o enrijecer dos seus mamilos querendo minha língua
meu chicote caminha pela sua espinha deslizando entre suas costas
adoro seu ultimo grito antes da mordaça
adoro saber que você sente o medo e o desejo de ter o desconhecido ali
entre quatro paredes
te levo pelos cabelos
de frente ao espelho retiro a sua venda para que possa ver e saborear o medo
adoro ver seu olhar assustado e ao mesmo tempo esperando viver cada desejo
sinto o tremer das suas coxas
sua vulva molhada e inchada pulsando em minha mão
adoro te cobrir de beijos enquanto te torturo
ver seu corpo se contorcer
seu olhar querendo dizer um não que ao mesmo tempo é um sim
a cada movimento te penetro e não vejo o tempo que agora para e não tem fim
sei que quer mais um tapa
que aperte as suas nádegas
ouço seu gemido mordendo a mordaça
adoro sentir o seu anus tentando me expulsar enquanto me aceita
sinto o seu suor
o cheiro da sua carne em um perfume que se mistura ao meu
prefiro o calor do quarto
esse calor que faz com que a pele suada se misture ao lambuzar do gozo
adoro cada nó nas cordas que te prendem
adoro deslizar a minha língua em seu corpo dos seus pés ao pescoço
mergulhar entre as suas coxas procurando com a boca cada ponto seu
na meia luz desse quarto ainda escuto um jazz enquanto retiro sua mordaça
de joelhos novamente
mudo as algemas
sua boca procura sugar por inteiro cada gota dessa primeira hora
seus lábios suaves deixam as marcas desse batom vermelho em meus nervos
a cada movimento suave , ligeiro , babado , frenético
seus olhos procuram uma expressão em meu rosto
te nego isso
em meu domínio aprendi que sou eu mesmo
aprendi a suavizar
a morder e a assoprar
ao te crucificar amo ver o seu corpo aguardando o açoite leve do chicote
antes de te possuir ali mesmo em pé
te puxando pela cintura em estocadas fortes
sentindo minha virilha espancar a sua bunda marcada
minhas mãos em seus cabelos te dominando a cada bate estaca
ate sentir suas pernas bambearem
ate sentir o escorrer do seu orgasmo tremulo
ver o deslizar dos seus pés pelo chão
a marca das cordas em seus tornozelos
sua pele pedindo por um banho
amo te ver no chuveiro me esperando
aguardo um beijo seu com a sua boca ainda fria
adoro te entender assim como me entende
assim como nós dois sabemos que não somos monstros
nem dementes
nem tão pouco transtornados
apenas dominador e submissa
apenas uma forma de amar em masmorras
mais livres de uma prisão de morais e costumes
de privações
e depois do banho vendo você ali entre a toalha
giro em minha cabeça o ponteiro
ainda vejo em sua carne o desejo a cada movimento
de suas mãos em meu peito
deslizando sem minha permissão como uma escrava indisciplinada
voltamos as amarras mais uma vez ...