Já não quero esse abraço que escorre feito passos
a caminho de outro olhar
Quando penso em nós, sozinha em lençóis,
pressinto que o cuco está a ponto de me jogar
Levanto com medo e descalça em segredos,
percebo parapeitos a me rondar
Lugar ruidoso esse que me faz contemplar...
Pavão incutido,
coração enrustido,
não percebe que estou a dois passos de te deixar?
Tudo bem, agora não importa,
colocarei em compotas
minhas últimas notas
para poder continuar...
Não se preocupe também,
deixo a você todos bens,
reféns do meu constante duvidar
Não vou cobrar nada,
mas não sou enseada
E preciso calçar, preciso voar, preciso abraçar.
- Autor: IF ( Offline)
- Publicado: 28 de julho de 2020 00:35
- Comentário do autor sobre o poema: Descobri, recentemente, que o cuco, ao nascer, empurra para fora do ninho todos os outros pássaros/ovos para ter maiores chances de sobreviver.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 36
Comentários2
Depois de reler ao Última nota, foi que vi o comentário do autor do poema; confesso não fazer; acho que limita a imaginação; e seria a última coisa que leitor precisa.
Disse,
Forte Abraço
Sinto muito se limitou sua imaginação, acho que vou ter de conviver com isso...
Foi um fato que me trouxe tanta euforia, que não poderia deixar de comentar.
Acredito que seja ótimo divagar em poemas, mas nem sempre consigo conter a petulância infantil de querer que enxerguem nos meus versos o que eu quis dizer. Abraços
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