Pela internet navego em busca de um guia

No Facebook, adquiro fôlego e mergulho como se não me restasse outro dia

No vasto recife de corais das redes sociais contemplo tantas possibilidades, mas nenhuma pérola que possa me assegurar felicidades

E num momento de apneia quase sufocante, eis que encontro algo que me parece muito confiante

Seja por sorte ou por mero acaso, finalmente creio ter achado um bom guiamento naquele velho mar de sargaço

Combinamos um porto da qual pretendo zarpar, pois com um suposto braço amigo pretendo trilhar

Do porto de encontro, dali não saio, como uma criança que espera por seu presente em seu aniversário

O timoneiro se atrasa, como se não houvesse compromisso, mas finalmente chega e conclui-se o meu suplício

Na sua companhia, no desenrolar da trilha, confio em seu norte como uma bússola que me guia e me traz boa sorte

A trilha já sob meus pés avança, ora tem-se vereda plana, morro em subida ou vale em declive; eu não me importo, pois, mais que o objetivo, a trilha a ser trilhada é minha recompensa, como um tesouro escondido que é encontrado

Naquele oceano de vida, faço breve parada, fecho meus olhos e expando meus sentidos, com aprazível som de pássaros, micos e cigarras, além da fragrância da erva e da terra brevemente admirada

E ao final de mais uma aventura de fim de semana, eis o prêmio mais cobiçado; uma vista panorâmica do alto de um pico, que revela algo imenso, um mar de verde a ser explorado