Ano que se Vai

truelucas


Aviso de ausência de truelucas
Se eu não retornar, é possível que eu tenha me perdido em um abismo silencioso, onde a luz parece não alcança. Às vezes, a ausência é a única forma de escapar do peso do mundo.

Ano que se Vai

 

O último dia do ano se despede,

Deixando marcas de uma dor profunda que não se aquece, ah, esquece...

 

Sonhos desfeitos, esperanças perdidas,

Futuros incertos, como uma porta fechada, trancada, nivelada.

 

O mundo celebra, mas eu me calo,

Pela tristeza que se tornou um "inseparo".

 

Fogos, abraços, palavras falsas...

Não escondem a solidão que envolve a eterna descompassa.

 

O amanhã é novo, mas a dor é velha,

Um peso que não sai, um coração que desacelera.

 

Desespero e angústia, minha realidade,

Nada muda, tudo permanece, "igualidade".

 

Agora ao fim e início de um ano novo,

Sinto apenas o vazio, a desilusão, a desesperança de novo e de novo...

 

Nenhuma esperança ao amanhecer, nenhuma esperança ao entardecer,

Apenas a dor, o silêncio, a escuridão,

É a maneira de viver ou sobreviver.

 

Assim me despeço, com palavras, registros...

E algo, que brevemente não sobrará nenhum tipo de resquício.

31/12/2024

  • Autor: lucs (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 31 de dezembro de 2024 05:59
  • Comentário do autor sobre o poema: abertamente, escrito sobriamente, algo diferente dos demais... Desde já, até mais. :)
  • Categoria: Carta
  • Visualizações: 5
  • Usuários favoritos deste poema: truelucas, Melancolia...


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