Ano que se Vai
O último dia do ano se despede,
Deixando marcas de uma dor profunda que não se aquece, ah, esquece...
Sonhos desfeitos, esperanças perdidas,
Futuros incertos, como uma porta fechada, trancada, nivelada.
O mundo celebra, mas eu me calo,
Pela tristeza que se tornou um \"inseparo\".
Fogos, abraços, palavras falsas...
Não escondem a solidão que envolve a eterna descompassa.
O amanhã é novo, mas a dor é velha,
Um peso que não sai, um coração que desacelera.
Desespero e angústia, minha realidade,
Nada muda, tudo permanece, \"igualidade\".
Agora ao fim e início de um ano novo,
Sinto apenas o vazio, a desilusão, a desesperança de novo e de novo...
Nenhuma esperança ao amanhecer, nenhuma esperança ao entardecer,
Apenas a dor, o silêncio, a escuridão,
É a maneira de viver ou sobreviver.
Assim me despeço, com palavras, registros...
E algo, que brevemente não sobrará nenhum tipo de resquício.
31/12/2024