Queria parar e me calar,
deixar o mundo girar sem meu pesar.
Ser apática ao tempo, ao vento, ao tudo,
um silêncio profundo, um coração mudo.
De que vale a sensibilidade à flor?
Se o toque do mundo só traz mais dor?
Queria sentir sem o peso das correntes,
ser livre, por um instante, de correntes latentes.
Sentir sem culpa, sem medo, sem pressa,
como a lua que brilha e nunca regressa.
Mas o querer é tão vasto e tão vão,
me vejo de mãos vazias, sem chão.
Queria muito, mas tenho tão pouco,
um sonho apagado, um lume tão rouco.
Talvez, no vazio, encontre o sentido,
ou na apatia, o que nunca foi vivido.
- Autor: Metamorfose (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 27 de dezembro de 2024 17:05
- Categoria: Não classificado
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