Tenho medo da invisibilidade
daquele menino ali
hospede eterno dos viadutos andarilhos de
ruas imundas também nas
praças, publicamente indecentes
bancos demasiadamente sujos
a tristeza é resplandecente naquele menino ali
Da periferia de qualquer capital
vive de trocados na Pauliceia malvada
No resto do país também provam da vida e esperam da sorte
devo ignorar o convívio com este menino?
Seu estrelato será medido pela bondade e sensibilidade alheia
que não anulem a missão dos anjos caridosos que enxergam
os invisíveis, que incomodam as ruas, transeuntes insensíveis, os tornaram invisíveis
Qual sapatos destes meninos
podem em qual caminho se adaptar?
hoje será natal, prometo não chorar!
Pois tenho medo da invisibilidade somente para me alimentar!
Qual Cristo esta noite vou encontrar?
Talvez este:
"Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam, pois o reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas."
- Autor: CORASSIS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 24 de dezembro de 2024 15:29
- Comentário do autor sobre o poema: Imagem de amurca por Pixabay
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
Comentários1
Poética sensível revelando uma triste realidade. Importante abordar essa temática, pois fala de um aspecto da nossa vida moderna que tem de ser mudado: a política dos excluídos, aqueles que vivem à sombra, que não têm cidadania. Parabéns ao mestre poeta, beijos.
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