Aviso de ausência de Metamorfose
NO
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Procurei na vastidão do universo
o que precisaria ser escrito no hoje.
Fui banhada pela incerteza,
pega de surpresa por ventos desconhecidos.
Não compreendo os labirintos do amar,
os ecos de viver,
os fragmentos de ser,
ou a ilusão do ter.
Me perco nesses conceitos,
como quem tenta capturar o vento,
mas ele escapa entre os dedos,
deixando apenas o sussurro do silêncio.
Escrever é meu refúgio,
ser é meu desafio,
existir é meu mistério.
Flutuo nessas dimensões,
entre o que sou e o que busco ser.
Há uma verdade oculta,
uma dimensão que pulsa e se transforma,
revelando-me, pedaço a pedaço,
na vastidão de cada verso.
E, ao escrever, percebo:
não existe um ponto final.
A verdadeira dimensão sou eu,
em eterna reinvenção.
- Autor: Metamorfose (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de dezembro de 2024 19:42
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 17
Comentários2
Às vezes escrever sobre sentimentos nos transforma, não podemos viver em um muito das vaidades, do consumo. Bom dia poeta.
Palavras sábias e reais. Boa noite!
Como banhar-se na espiritualidade sem mergulhar nas águas rasas da religiosidade? Vc não apenas consegue isso como o faz do seu jeito peculiar: fragmentos...ecos...labirintos...sussurros e ilusões...todos os véus sendo delicadamente desvelados até chegar a uma verdade profunda e tão íntima, da qual eu compartilho em todos os níveis: nós, individualmente estamos mergulhados no fluxo da eternidade presente no momento.
Que reflexão maravilhosa! Agradeço profundamente por essa leitura tão sensível e cheia de alma. É um privilégio saber que, de algum modo, essas palavras encontram eco e ressonância. O mergulho no agora, nesse fluxo da eternidade que pulsa no presente, é o que nos conecta à essência mais pura e íntima da vida. Gratidão por compartilhar essa percepção tão profunda e bela!
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