Procurei na vastidão do universo
o que precisaria ser escrito no hoje.
Fui banhada pela incerteza,
pega de surpresa por ventos desconhecidos.
Não compreendo os labirintos do amar,
os ecos de viver,
os fragmentos de ser,
ou a ilusão do ter.
Me perco nesses conceitos,
como quem tenta capturar o vento,
mas ele escapa entre os dedos,
deixando apenas o sussurro do silêncio.
Escrever é meu refúgio,
ser é meu desafio,
existir é meu mistério.
Flutuo nessas dimensões,
entre o que sou e o que busco ser.
Há uma verdade oculta,
uma dimensão que pulsa e se transforma,
revelando-me, pedaço a pedaço,
na vastidão de cada verso.
E, ao escrever, percebo:
não existe um ponto final.
A verdadeira dimensão sou eu,
em eterna reinvenção.