Da janela vejo o fluxo do mundo
Que é um filme triste cinza e quedo
As outras cores, ao poço profundo
Escorreram levando o segredo
Do baú que jaz num altar selado
Surdo invólucro, imóvel e sombrio
Que tranca o coração despedaçado
Distante do peito que arfa vazio
Vejo um homem velho e cansado
A observar o mundo descolorado
Da paisagem dura, outro refém
Busca da janela de seu casulo
Da prisão sem cor, sem grade...um escapulo?
Ele vê minha janela...também?
- Autor: Alexandre Carlini ( Offline)
- Publicado: 18 de dezembro de 2024 08:03
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
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