Talvez o universo me atraia,
E em seu ventre eu caia,
Na dança sutil da expansão,
Onde estrelas se perdem,
E o tempo não tem chão.
Talvez o erro não fosse partir,
Mas deixar-se ficar,
Como quem foge do abismo
Por medo de amar.
Pois há quedas suaves
E há quem nelas queira morar.
Cair em desilusão,
É só mais uma estação,
Um ciclo de luas que minguam,
De braços que se fecham,
De corações que não mais vibram.
E talvez o pior seja se abster,
E o peito em silêncio deixar.
Quando a alma se cala,
A vida se nega,
E o amor, sem chão, se perde no ar.
No fim, cair em negação
É negar o pulsar do universo,
Que insiste em girar,
Que grita: "Seja! Ame! Permita-se!"
Pois até no vazio,
Há luz a se revelar.
- Autor: Metamorfose (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 17 de dezembro de 2024 09:34
- Categoria: Amor
- Visualizações: 7
Comentários1
Existe várias quedas do infinito. Existe várias moradas. Mas o universo gira, não para traz apenas pra frente, igual a um relógio, vc não acerta para traz, igual a um cronometro. Bom dia poeta.
Que interessante sua visão! O universo e o tempo realmente só avançam, e talvez nossas quedas sejam parte desse giro. Obrigada por essa reflexão. Boa noite !
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