HORA FATAL

Maximiliano Skol

HORA FATAL

Quando chergar-me a hora então funesta 
Eu quero sorrateiro e sem alarde
Dar aquele suspiro que me resta
E liberar a chama que em mim arde...

Sem murmúrio ou queixume,  mas co' a festa
De chuvas com trovões; e já bem tarde
Da noite sob o sono que me empresta
A vez de não mostrar que sou covarde.

Quisera assim que fosse esse meu dia
E passar como nuvem vaporosa
Sem a tortura de angústia, ou agonia,

E sem na extrema hora sentir dores...
Nem dar, também, a outrem— a trabalhosa
Obrigatoriedade de  favores.

Tangará da Serra, 02/12/2024

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de dezembro de 2024 16:18
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 10
  • Usuários favoritos deste poema: Grupo Poético Spell
Comentários +

Comentários1

  • Grupo Poético Spell

    É CEDO AINDA, AMIGO MAX (rsrsrs)

    Esse dia vem sem que se espera
    Essa hora é a toda hora, meu amigo
    Determinado está e ninguém a altera
    É assim contigo e é também comigo

    Mas, quem daqui não gostaria
    De prestar-lhe então, qualquer favor?
    Nos destes em poemas tantas alegrias
    Falando de saudade, de paixão e amor

    Tu não te cairás no esquecimento
    Digo aqui por mim com grato juramento
    Com todo respeito e num tom profético

    Se tão cedo assim Deus vir te chamar
    É qu’Ele te quer no céu pra inaugurar
    Um site de poesias tal Meu Lado Poético
    (elfrans silva)

    • Maximiliano Skol

      Emocionante o teu comentário, meu querido Elfrans, e me comoveu bastante. Mensagem ornamentada pela tua privilegiada verve poética.
      Gratidão meu amigo.
      Um abraço apertado.



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