Há um tremor em cada esquina do meu peito,
uma curva incerta onde mora o seu jeito.
Te vejo na cidade, entre luzes e fumaça,
mas minha coragem é sombra que me ultrapassa.
Quero dizer seu nome, mas minha voz fraqueja,
o desejo me chama, mas o medo me beija.
E se ao tocar sua mão, o mundo desabar?
E se ao cruzar o limite, eu não puder voltar?
A paixão me embriaga, mas o receio me guia,
é chama que aquece e esfria em um só dia.
Eu te amo em silêncio, como quem se perde,
como quem teme o abismo que a paixão concede.
Seus olhos, faróis, iluminam minha estrada,
mas e se o amor for prisão e não jornada?
E se em seus braços eu encontrar o fim,
um eco vazio onde você não cabe em mim?
Eu sigo com passos que não querem correr,
um coração que pulsa, mas não quer se render.
Te quero como quem teme o que não pode fugir,
quem sabe, um dia, eu me atreva a partir.
- Autor: Metamorfose (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 2 de dezembro de 2024 21:28
- Categoria: Amor
- Visualizações: 5
Comentários1
Adorei o Poema, Parabéns " Eu sigo com passos que não querem correr,
um coração que pulsa, mas não quer se render " quebro as minhas pernas acho que a minha " Chaverinho " não quer se render, problemas com Ex-marido sei lá se ela ainda gosta dele, talvez sim talvez não, vai saber né
Muito obrigada pelo carinho!
Fico feliz que tenha gostado do poema. Eu entendo como pode ser difícil lidar com essas situações, mas procure sempre buscar a clareza para não sofrer nesse caminho tão belo que é amar.
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