CHUVA DE PEDRAS
a mão que mata nem sempre é a que persegue
e sim a que alimenta
a mão que afoga nem sempre é a que esmurra
e sim a que afaga
a mão que dá o tapa nem sempre se mostra
esconde a mão nas costas
a mão que enforca nem sempre faz o nó
te cumprimenta e vai embora
nem sempre os pés mostram o caminho
eles chutam
as suas portas
nem sempre os pés ficam descalços
eles se apertam em um par de botas
nem sempre os pés chutam as pedras
eles pisam na bosta
não tem guarda chuvas pra essa chuva de pedras
se o céu desmorona a terra aceita
não tem para raios que espante as nuvens negras
deixe o céu cair sobre a sua cabeça
depois o sol vai simplesmente derreter cada estrago
todo o estrago
você vai ver
(Flávio Eduardo Palhari – Mergulhado em Gelatina)
- Autor: Flavio Eduardo Palhari ( Offline)
- Publicado: 29 de novembro de 2024 08:38
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
Comentários1
Um soco de realidade em forma de versos, poesia crua, intensa e cheia de contrastes, expondo as mãos que enganam, os pés que esmagam, e o peso das tempestades que enfrentamos. E ainda assim, deixa um fio de esperança: o sol derrete, mas também revela.
Qubom ler algo tão profundo. Parabens
Agradeço amigo poeta ... estou eu com pasme 7 , sete , SETE livros poirntos esse é do mergulhado em Gelatina e nao consigo ninguém que peguemeus rascunhos toidos querem cobrar um absurdo para eu poder fazer uma tiragem minima dos meus livros ... ESSE PAISINHO É SEM CULTURA MESMO ... Obrigado pelo apoio , a leitura e o entendimento do poema ...
Meu amigo, não sei se vc conhece a plataforma https://uiclap.com/.
Lá vc publica seu livro de forma independente, e se vc sobre diagramar, eles tem tutorial que explica, vc publica sobre demanda sem custo.
O meu livro de poesia e publiquei por esta plataforma. Se tiver interesse de uma pesquisada. Abraços.
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