Lua de Sangue

kleisson



As trevas tomam conta do mundo

A luz definha como morte que devora a vida

A escuridão do coração corrompido

 

Almas perdidas sem rumo

O pecado levou sua moral

A falta de piedade mostra o monstro humano

A escuridão do prazer sobre o sofrimento alheio

 

A lua cresce no céu como criança no útero materno

Sua cor se cobre de vermelho como sangue

A alma do homem treme

 

Sem rumo o homem vaga em busca de sentido

Sem rumo o homem cego cai no chão

Por que abandonou a luz

Em sua mente podia tudo

E tudo lhe era proibido

 

O homem cai em sua armadilha

tropeça em seu calcanhar

Sem razão caminha como animal moribundo

Não tem lógica em dor

 

Lamenta sozinho pois, quando tinha alguém por perto não deu valor

Sozinho definha nas sombras

No alvorecer do dia era o senhor

 

Hoje não é mais

Fora rei

Fora ditador

Foi senhor de muitos

Dono de ordens

Perdeu seu reino

Sua coroa

 

Não se levanta mais

caiu sem ter como levantar

vigoroso como um urso fora ontem 

e hoje frágil como cana ao vento

Suas raízes já não lhe sustentam mais

 

E sobre a luz da lua como sangue murmura seu destino 

Fugaz.

  • Autor: kleisson (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de novembro de 2024 12:56
  • Comentário do autor sobre o poema: A luz da razão que ilumina o caminho da mente sem esclarecimento.
  • Categoria: Carta
  • Visualizações: 3


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