As trevas tomam conta do mundo
A luz definha como morte que devora a vida
A escuridão do coração corrompido
Almas perdidas sem rumo
O pecado levou sua moral
A falta de piedade mostra o monstro humano
A escuridão do prazer sobre o sofrimento alheio
A lua cresce no céu como criança no útero materno
Sua cor se cobre de vermelho como sangue
A alma do homem treme
Sem rumo o homem vaga em busca de sentido
Sem rumo o homem cego cai no chão
Por que abandonou a luz
Em sua mente podia tudo
E tudo lhe era proibido
O homem cai em sua armadilha
tropeça em seu calcanhar
Sem razão caminha como animal moribundo
Não tem lógica em dor
Lamenta sozinho pois, quando tinha alguém por perto não deu valor
Sozinho definha nas sombras
No alvorecer do dia era o senhor
Hoje não é mais
Fora rei
Fora ditador
Foi senhor de muitos
Dono de ordens
Perdeu seu reino
Sua coroa
Não se levanta mais
caiu sem ter como levantar
vigoroso como um urso fora ontem
e hoje frágil como cana ao vento
Suas raízes já não lhe sustentam mais
E sobre a luz da lua como sangue murmura seu destino
Fugaz.