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Ainda tento, todo dia, esquecer de mim mesmo.
Afogado em lamentos, corro, mas só envelheço.
Na pista efêmera da vida, sou um eterno lesmo.
Esmago-me nas curvas do tempo, por isso nunca cresço.
Queria reencontrar o perfume perdido da vida,
A primavera oculta na sombra da juventude,
Os provérbios doces da minha ex-amada,
E os bosques cheios de uma esquecida quietude.
Mas ainda afogo-me no deserto da minha antiga alma,
Plantando espinhos na frágil haste da minha existência.
Sou feito de simples desejos que o vento sempre leva,
E de amargos arrependimentos que o tempo cruelmente sela.
Assim continuarei até que a terra seca decida cobrir meus ossos
E até que os meus olhos esqueçam o real significado das lágrimas,
Pois para aqueles que já desistiram do amor e da ideal felicidade,
O enterro parece o melhor e mais gratificante "Final Feliz".
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Autor:
victoremmanuel (
Offline) - Publicado: 20 de novembro de 2024 21:51
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 2
- Usuários favoritos deste poema: dud_bg
Offline)
Comentários1
nossa!!!!, que belo e necessário poema, adorei, abraços
Fico muito feliz que tenha gostado.
Esse poema traz uma mensagem triste, mas acredito que arrependimento e saudade são dois dos piores sentimentos que podemos carregar, especialmente quando estão correlacionados. Essa é, para mim, uma das dores mais profundas que alguém pode experimentar (como comentei em um poema recente do Melancolia).
Obrigado mais uma vez por dedicar seu tempo às minhas palavras. Volte sempre que quiser!
a saudade nos destroem por dentro, e o arrependimento apaga o brilho da nossa alma, nos fazendo questionar a nós mesmo, o seu poema traz uma mensagem triste, cheios de sentimentos, consegui encontrar o remorso, eu adorei o seu poema, espero que seu coração encontre paz, e que a saudade seja amenizada, mais uma vez, que belo poema, irei voltar.
Por incrível que pareça, não estou vivendo o que o poema descreve. Acho que minha sensibilidade emocional não é muito aflorada. Nunca tive experiências em relacionamentos e também não sou de "sentir" muito. Talvez seja por isso que tenho dificuldade em escrever poemas verdadeiramente vindos do coração.
Ainda assim, depois de ler o último poema do Melancolia e ouvir a música que o acompanhava, senti uma necessidade quase inevitável de falar sobre isso, mesmo que de forma indireta.
Algo que admiro profundamente em outras pessoas é a capacidade de escrever poemas que realmente vêm do coração, transbordando sentimentos genuínos. Infelizmente, sinto que não consigo fazer isso tão bem, porque não sei como colocar em palavras aquilo que sinto.
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