Você já sentiu o amor sem nome,
que não se ensina,
não se escreve,
mas se revela em suspiros e tremores?
É um segredo sussurrado
entre almas que se reconhecem,
um eco que atravessa tempos
e nos alcança, silencioso.
Às vezes, ele dança nos pequenos gestos:
o toque que acalma tempestades,
o olhar que ilumina o que não se diz.
É como o vento que acaricia a pele,
sem forma, mas presente,
um porto seguro
em meio ao caos.
Lembra daquele instante,
quando a dor te vestia de silêncio,
e, de repente, a mão de alguém,
um gesto simples,
desfez o nó da tua alma?
O amor não precisa de palavras.
Ele é a presença que permanece,
o entendimento que não se explica,
mas te abraça quando você já não espera.
O amor é um farol, sim,
mas também é tempestade.
Ele te ergue quando o chão desaba,
mas é também o abismo que ensina a voar.
Ele arde, mas não consome.
Queima, mas te aquece.
É refúgio e desafio,
a chama que nunca se apaga,
mesmo sob o peso das cinzas.
Ele vive no riso que resiste ao caos,
na pausa de quem não tem pressa,
na coragem de quem permanece.
Não é na ausência de palavras,
mas no silêncio que compreende,
no espaço entre dois corações
que encontram harmonia.
E quando tudo mais se dissolve,
ele fica.
O amor é o essencial,
o eterno invisível
que nos sustenta
e nos liberta.
-
Autor:
Sezar Kosta (
Offline) - Publicado: 19 de novembro de 2024 07:26
- Comentário do autor sobre o poema: Era uma noite fria e chuvosa, o tipo de noite que convida a gente a se encolher em si mesmo, a mergulhar em pensamentos que, por vezes, nem a gente entende muito bem. Eu estava ali, sozinho, naquele silêncio quase desconfortável, quando, de repente, ouvi uma batida na porta. Era ela. Minha amiga, com aquele sorriso que, sem dizer uma palavra, já me dava uma paz que eu nem sabia que precisava. Aquele abraço silencioso, simples, mas tão cheio de significado, foi o que me fez perceber algo que eu já intuía, mas não sabia como expressar: o amor tem muitas formas. E, às vezes, a forma mais pura dele vem sem palavras, em gestos que aquecem a alma. Foi nesse instante que a poesia nasceu, como um sussurro de gratidão, uma resposta a essa força invisível que nos salva quando estamos imersos na escuridão. Às vezes, é preciso parar e simplesmente sentir o que nos envolve, sem pressa de entender tudo. Acho que o poema é isso: um convite à reflexão sobre esses momentos, sobre como o amor se revela em silêncios e toques, em gestos que transcendem a compreensão imediata. Gostaria de saber o que você pensa sobre isso. Já teve algum momento em que o silêncio de um abraço foi mais eloquente do que palavras? Deixe seu comentário e compartilhe suas impressões.
- Categoria: Não classificado
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Offline)
Comentários2
Esse sentimento de amor que você descreve no seu poema é grandioso, mostra como o amor de cada pessoa é diferente, tem sua intensidade e tamanho. É bom se sentir acolhido desta maneira. Um abraço do invisível a você. Bom dia poeta.
O amor não é uma definição, mas uma descoberta que se revela no toque silencioso de um abraço ou no sorriso que dissolve as paredes do mundo. É o balé inquieto das emoções, aquele instante em que o coração tropeça e as palavras se perdem, como pássaros assustados antes do voo.
Que lindo saber que o texto encontrou eco em você! Comentários como o seu são como pequenos faróis para quem escreve — iluminam o caminho e aquecem a alma. Obrigado por dedicar seu tempo. Que o invisível sempre te abrace com carinho!
Sempre me surpreendendo com teus poemas lindos...
Parabéns meu amigo e sinta-se abraçado...
É aí que o silêncio vira poesia, cada pausa vira uma frase, cada olhar, um verso, e as emoções mais profundas se tornam palpáveis. Esse é o instante em que você descobre que as melhores conversas nem sempre se dão em palavras, mas no sutil sussurro que só os corações sabem ouvir. E quando o silêncio finalmente fala, você compreende que está, de fato, diante de um coração que vale a pena guardar para sempre.
Como é bom dividir essas linhas com alguém que entende a beleza de um silêncio bem partilhado! Gratidão pelo comentário meu amigo, e que a paz e a calma sempre façam morada em seus dias!
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