Você já sentiu o amor sem nome,
que não se ensina,
não se escreve,
mas se revela em suspiros e tremores?
É um segredo sussurrado
entre almas que se reconhecem,
um eco que atravessa tempos
e nos alcança, silencioso.
Às vezes, ele dança nos pequenos gestos:
o toque que acalma tempestades,
o olhar que ilumina o que não se diz.
É como o vento que acaricia a pele,
sem forma, mas presente,
um porto seguro
em meio ao caos.
Lembra daquele instante,
quando a dor te vestia de silêncio,
e, de repente, a mão de alguém,
um gesto simples,
desfez o nó da tua alma?
O amor não precisa de palavras.
Ele é a presença que permanece,
o entendimento que não se explica,
mas te abraça quando você já não espera.
O amor é um farol, sim,
mas também é tempestade.
Ele te ergue quando o chão desaba,
mas é também o abismo que ensina a voar.
Ele arde, mas não consome.
Queima, mas te aquece.
É refúgio e desafio,
a chama que nunca se apaga,
mesmo sob o peso das cinzas.
Ele vive no riso que resiste ao caos,
na pausa de quem não tem pressa,
na coragem de quem permanece.
Não é na ausência de palavras,
mas no silêncio que compreende,
no espaço entre dois corações
que encontram harmonia.
E quando tudo mais se dissolve,
ele fica.
O amor é o essencial,
o eterno invisível
que nos sustenta
e nos liberta.