Pelos atrozes túmulos d'agrura,
Trajando negro véu da noite feia,
Teu vulto seguia pela rua escura,
Nos caminhos que a lua não clareia.
E o espectro de névoas e tristura,
Que minh'alma de alvuras viste cheia,
Assombrar-me irá até na sepultura
Como a dama que as lápides permeia.
Quando meus olhos seguiam no outeiro,
O astro que os prados doira lentamente
Altivo estavas como um cavaleiro...
Quando chegaste a treva me envolvia,
E o dia em mortalha novamente
Ao cântico dos pássaros morria...
Thiago Rodrigues
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Autor:
Thiago R (
Offline)
- Publicado: 16 de novembro de 2024 15:36
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 13
Comentários1
Belo poema mesmo envolvido em uma aura de amargura. Aplausos!
Obrigado, Maria!
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