Os olhos dela prendem os meus.
Olhos doces, cor de mel.
É preciso dizer que são claros,
Mel puro na luz do sol.
No luar, escuros, prendem os meus.
Dos olhos dela emana paz.
Invocam nos meus sobriedade,
Mas enfim, estou bêbado.
É preciso dizer que estou bêbado
E que no copo de uísque os olhos dela também habitam.
Bêbado, o corpo está, os olhos estão,
a alma está – todos formam um conjunto embriagado
Sentados na escrivaninha, observando o mar que bate no cais,
E tudo grita por ela, tudo grita pelos olhos dela.
E é preciso calar a todos, acalmar a todos.
Planejo uma fuga, arrumo as malas, o destino espera.
Paris, Madri, talvez, o velho Egito!
Meu Deus! Entre os grandes faraós o coração não se aquieta.
E os olhos dela, os olhos de mel,
Os olhos que prendem os meus,
Me questionam dos olhos da grande esfinge.
Leonardo Ramos
- Autor: Leonardo Ramos ( Offline)
- Publicado: 14 de novembro de 2024 10:40
- Comentário do autor sobre o poema: Poema escrito em 2014/2015
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
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