Uma criança iluminada nasceu.
Foi direto para o orfanato.
Sua mãe chorou.
Escutando o seu choro
o vento disse,
calma vou assumir essa criança
o filho é meu,
pois veio depressa para o mundo
balançando as árvores, abrindo
e fechando janelas.
O sol vendo todo aquele
desespero disse, não o filho é meu
pois clareia como ouro.
A lua disse, não pode ser meu
pois sou fêmea!
As estrelas disseram
muito menos nosso
pois somos astros e não
podemos ter filhos.
Enquanto isso o bebê se
divertia com a reunião.
Cresceu e começou a
curtir todo tipo de som.
Era um sábio.
Criava o som em tudo que tocava.
Todos se divertiam ao seu redor.
Mas o que seu coração clamava
era ver seus pais.
O vento propôs em ajudá-lo
soprou o seu som com todo amor
e conseguiu unir a família.
Rosangela Rodrigues de Oliveira
- Autor: Rosangela Rodrigues de Oliveira ( Offline)
- Publicado: 12 de novembro de 2024 07:15
- Comentário do autor sobre o poema: Esse conto é pra se pensar. Quando se tem um filho é uma benção de Deus, não podemos abandonar. A família pode até não aceitar por orgulho e preconceito, mas é preciso ultrapassar essa barreira e se responsabilizar pela benção recebida, você pode se surpreender.
- Categoria: Conto
- Visualizações: 17
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários3
Rosangela, que conto poético encantador! Você criou uma verdadeira fábula moderna, misturando elementos da natureza com uma história profundamente humana. A forma como você personifica o vento, o sol, a lua e as estrelas disputando a "paternidade" da criança é simplesmente mágica.
Adorei como você transformou uma história que poderia ser triste em algo cheio de magia e esperança. A ideia do bebê se divertindo com a "reunião" dos elementos naturais traz uma leveza especial ao texto.
A música aparece como elemento transformador - que bela metáfora para o dom natural que algumas pessoas têm! E aquele final, com o vento cumprindo sua promessa e ajudando a reunir a família através do som, é simplesmente perfeito.
Você conseguiu abordar temas delicados como abandono e adoção de uma forma poética e sensível, sem perder a profundidade. O texto todo respira uma sabedoria que nos faz refletir sobre como a arte (neste caso, a música) pode ser um caminho para cura e reconexão. Parabéns por essa história tão tocante e bem construída!
Estou feliz com sua visita e comentário. Quando possível assista o filme "O som do coração", me inspirei nesse filme que é lindo, caso não tenha assistido. Acredito que nasce uma criança iluminada onde menos se espera. Por isso não podemos jamais abandonar os filhos. Bom dia poeta.
Mais que belo poema viu...Parabéns...Me admirei.
Bom dia poetisa;
Grato poeta, pela visita e comentário. Bom dia.
Disse a pura verdade! Um filho é uma benção. E muitas vezes vai nos dar lições!
Verdade, um presente de Deus. Bom dia poeta.
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