Satélite

Alma Perdida

Achava impossível celestes tão distintos estarem juntos e estáveis.

Mas o sol atraiu a lua com tanta força, que ficaram por anos inseparáveis.

Porém, no mar desconhecido, não se sabia do que o sol estava passando.

O sol se apagou, e a lua ficou sozinha no vácuo, vagando.

 

Eras depois ela encontra uma estrela que reacendeu velhas memórias. 

Uma estrela que reluzia acesa, entusiasmada, motivada, espumante…

Ela tinha uma sonoridade e uma energia tão cativante.

Mas ela estava a anos-luz da lua.

 

Ela ansiava estar ao redor da estrela, mas sabia que não iria ocorrer.

Um satélite, uma poeira no universo, por que a estrela iria a querer?

Queria tanto alcançar ela, mas era uma completa agonia.

É difícil orbitar uma nova elipse com sincronia.

 

Observando a estrela à distância, rodeada por planetas sem fim,

Lembrando o quanto todos eles são diferentes de mim.

Eu não passo de um satélite, nunca terei esse calor, esse acolhimento ótimo,

que aproxima e conforta quem está próximo.

 

Às vezes, nas zonas mais escuras, preciso tampar meus ouvidos.

se não eu perco a consciência para os meus pensamentos intrusivos.

Imagino se, apenas se, uma estrela eu pudesse me tornar.

Existiria alguém que iria querer me orbitar?

  • Autor: Rip (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de novembro de 2024 22:42
  • Comentário do autor sobre o poema: Uma análise introspectiva na minha ansiedade social, solidão e dificuldade de fazer novos amigos. Como uma lua, sou totalmente apaixonado pelas estrelas que encontro, mesmo elas não percebendo que existo. Escrito em 16/06/2023.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 2


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.