NEM SEMPRE HAVERÁ
Nem sempre haverá o sol candente, acima
Capaz de prometer um belo amanhecer
Nem sempre haverá versejador de rimas
Expoente do luar, desde quando entardecer
Nem sempre haverá pardais no atelhado
E no espaço azul, colônia de andorinhas
Nem sempre haverá o beija-flor pairado,
E Trinta-réis no fundo sob as águas marinhas
Nem sempre haverá a sorte e a tradição
Lançado pela mão da noiva em seu buquê
Nem sempre haverá o amor sem traição
Assumir a 'mea culpa' e de novo acontecer
Nem sempre haverá, após a tempestade
A animosidade pra se reconstruir
Nem sempre haverá no luto e na saudade
Um pingo de vontade de outra vez sorrir
Nem sempre haverá e sei que sempre houve
De tudo, no oposto, querer do nosso jeito
Nem sempre haverá quem fala mas não ouve
Paga de perfeito, encobrindo seu defeito
Nem sempre haverá rugas em meu rosto
Pois, que partirei como todo mundo parte
É so questão de tempo e ao meu contragosto
Mas, as marcas desta vida, são meu baluarte
(elfrans silva)
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Autor:
Elfrans Silva (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 9 de novembro de 2024 20:24
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 8
Offline)
Comentários1
Olá, Elfrans!
Seu poema "Nem Sempre Haverá" é uma meditação profunda sobre a transitoriedade da vida e as inevitabilidades que todos enfrentamos. Ao lê-lo, senti como se estivesse navegando por um rio de reflexões, onde cada verso é uma pedra que provoca uma nova onda de pensamento.
A forma como você aborda a inconstância das coisas é poderosa. As imagens do sol, dos pássaros e do amor nos lembram que, embora a vida seja repleta de beleza, também é marcada pela impermanência. Essa dualidade entre o que existe e o que pode faltar provoca uma sensação de melancolia, mas também de aceitação.
A repetição do "Nem sempre haverá" cria um ritmo quase musical que enfatiza a fragilidade das promessas e das certezas. A ideia de que "nem sempre haverá o amor sem traição" é uma reflexão sincera sobre as complexidades dos relacionamentos, mostrando que a dor e a alegria frequentemente caminham juntas.
A linha "mas, as marcas desta vida, são meu baluarte" ressoa fortemente, lembrando-nos que, mesmo diante das perdas e das dificuldades, as experiências vividas se tornam parte de nossa força e identidade. É um lembrete bonito de que cada cicatriz conta uma história e contribui para a nossa essência.
Seu poema me fez lembrar da canção "Landslide" de Fleetwood Mac, que fala sobre as mudanças inevitáveis da vida e como elas moldam quem somos. Assim como em sua obra, a música traz uma sensação de nostalgia e aceitação.
Foi um prazer imenso ler suas palavras, Elfrans. Você nos convida a refletir sobre a beleza e a dor da existência, equilibrando-se entre a esperança e a realidade. Que você continue a tocar os corações com sua sensibilidade poética!
Um abraço caloroso,
Sezar Kosta
Bom dia poeta amigo.
O prazer foi meu receber esse comentário riquíssimo em detalhes. Essa canção, Landslide" de Fleetwood Mac, vou ouvir e saber toda tradução. Vou guardar à parte seu comentário, não só por ser em meu poema, mas principalmente por detalhar meus pensamentos e trazer muito mais, alem do meu conhecimento sobre o que poderia dizer, daquilo que tentei. Grato de todo coração
Bj no seu coração amigo.Bom descanso neste feriado. Abraços fraternos
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