Na penumbra da saudade,
onde o tempo se desdobra em memória,
encontramos abrigo sereno,
um lar de sombras e luz.
Lá, lembranças dançam como estrelas,
brilhando em nosso céu interno,
fragmentos de um eco distante,
pedacinhos de nós, vivos,
no pulsar de um coração que não esquece.
Somos navegantes de um mar íntimo,
onde as ondas de saudade trazem
a brisa suave dos que se foram,
tocando, como alento,
almas que ainda os anseiam.
O amor, eterno viajante,
ultrapassa o limite do corpo,
e em cada lembrança que renasce,
uma centelha de paz se acende,
iluminando o luto e a perda
com a cálida chama da gratidão.
Pois em cada sorriso,
em cada ato de carinho,
deixaram um brilho perene,
um fio que persiste,
unindo passado e presente,
num abraço de eternidade.
- Autor: Sezar Kosta ( Offline)
- Publicado: 2 de novembro de 2024 09:12
- Comentário do autor sobre o poema: Sabe, escrevi esse poema como quem navega por águas profundas da memória – um mar de saudade que vai e vem como ondas, trazendo, a cada brisa suave, o calor de quem já partiu, mas nunca se despede de verdade. Essas lembranças, quase como estrelas, dançam lá dentro, iluminando a gente por dentro. Elas carregam um pouco da pessoa que fomos ao lado deles, como pedaços de um quebra-cabeça que, de tão antigo, já não conseguimos nem desmanchar. É interessante perceber como, no fim, esse amor vira um “viajante eterno”, um laço que vai além do corpo e do tempo, como se cada lembrança fosse uma chama que nos aquece – e, olha, aquece mesmo! É como se o luto ganhasse esse toque de gratidão e serenidade que, longe de apagar a dor, coloca ali uma paz discreta, suave, quase sorrateira. Acho que esse poema é uma tentativa de pôr em palavras o que, muitas vezes, é feito só de silêncios e olhares. Agora, me conta: o que você achou? Como ressoa para você essa mistura de saudade e gratidão?
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
- Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta
Comentários1
FINADOS
Chore o teu pranto, e valorize tua dor
Não tem sentido se pesar não haver
As lágrimas são expressões do amor
Quando as palavras pouco pode dizer
Aos enlutados, minhas condolências
Deus sabe e consola a alma que chora
Não deixe o pesar, pesar na consciência
Ame os seus entes, hoje, aqui e agora
(elfrans silva)
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Essa mistura de saudade e gratidão
Tem quem consiga dizer. Tem quem não
Comparo ao toar do sino na igrejinha
Alguns jubilam na devoção
Outros pranteiam clm oração
Enquanto Deus passeia por entre a vinha
(elfrans silva)
Na suave penumbra da saudade, envoltos em memórias cintilantes, encontramos conforto e paz. Neste reino de lembranças, onde o passado se entrelaça com o presente, somos guiados por um fio de luz que nos conduz através de cenários de afeto e saudade.
Você não sabe o quanto fiquei feliz com seu comentário! É como receber um abraço apertado de um amigo. Muito obrigado por ler e por compartilhar suas reflexões! Que seu caminho seja repleto de sorrisos e boas lembranças!
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