O pôr do sol indica o término desse período conflituoso na periferia,
Onde as pipas decoram o céu alaranjado,
Delineando suavemente o seu contraste.
Tendo como palco a desigualdade evidente,
Entre os âmbitos dessas ruas meramente tristonhas.
Aspectos que poucos indicam,
Dando-se a vivência o procedimento volátil de suas revoltas enraizadas.
Haja vista que os talentos se perdem através da ausência de auxílio,
Se aplicando ao mal intensivo, o qual é a única escapatória de sobrevivência
Diante de tempos adversos em meio a repressões constantes.
Sinta-se intimidado a conferir o lado esquecido desta cidade,
No qual, jornaleiros e serviçais trabalham constantemente
Num formato de feudalismo moderno.
Culminando ao suserano o papel extremo de condenar vorazmente,
A quem se opor a transpassar as suas regras;
Banalizando a existência dos seus vassalos
E os extinguindo dos exercícios da felicidade efêmera.
Aqui todos somos distintos em bolhas limitadas,
A qual são contidas numa mesma frequência de alienação.
Para que não exploda, causando motins artísticos que desmistificam as prisões internas.
Nesta inquisição longínqua nos enredos periféricos.
Sendo a infeliz síntese dos sonhos soterrados,
E das novas diretrizes, que nascem desta terra
Gerando seres convictos de suas raízes,
Combatendo este mal febril que os cercam.
- Autor: M.Dantas (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 20 de julho de 2020 21:31
- Comentário do autor sobre o poema: Uma retratação sobre as condições do ambiente periférico de alguns pontos da cidade de São Paulo. Durante algumas análises concisas perante a minha visão.
- Categoria: sociopolitico
- Visualizações: 11
Comentários2
Uma excelente descrição da sociedade urbana atual. O poeta, em sua grande sensibilidade transpõe tristes realidades em belas reflexões... Parabéns
Fico imensamente agradecido mais uma vez pelo teu comentário. E obrigado pela leitura!
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