Vade retro, infiel criatura!
Eis que a quimera se revela,
ser imundo que rasteja
alimentando-se entre os vermes,
da carne que apodrece
de suas incautas presas,
as quais deixaram-se levar
por sua beleza e juventude
ou por sua candura angelical.
Da máscara que cai agora,
desnudando a perfídia sagaz,
faminta de volúpia,
que se entrega à desconhecidos
por uma luxúria sem rostos
e corpos suados em meio à sujeira.
E trai impiedosamente
a este pobre bardo iludido,
vomita no prato em que come,
morde a mão que lhe alimenta,
zomba do velho que lhe cuida,
e joga no lixo uma vida de devoção,
és o carrasco que destrói lares,
separa filhos de pais,
por pura falta de caráter.
Volta pro inferno ser demoníaco!
Fique longe de minha ira que te abomina,
desejo que seja uma vida longa a sua sina,
e envelheça com tua suja carne,
para colher os frutos
das sementes podres que plantou.
- Autor: Altofe (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de outubro de 2024 12:56
- Comentário do autor sobre o poema: Autobiográfico :( Escrito em momento de ira passageira e de profunda indignação, geradas pela descoberta da traição.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários2
Meu caro amigo...
Voltou com força total em ....
Verdades esculpidas em letras.
Obrigado poeta, foi um desabafo num momento de indignação. mas agora passou estou noutra fase do luto sentimental. Abs.
Verbos contundentes de um poema irado de um colérico poeta... E a indignação gritou alto na sua inspiração.
Bravo, bravo bardo!!!
Abraços, meu amigo
Fico agradecido com sua leitura, caro poeta, recentemente voltei a publicar esses poemas escritos a três meses atrás, antes dos remédios psiquiátricos me tirarem de minha "demência" poética. Abs.
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