FLUXOS DO AMANHÃ

Sezar Kosta

Cada dia, uma nova tela,

branca e pronta para ser preenchida.

Ao acordar, somos como artistas,

com pincéis nas mãos,

prontos para dar vida ao inédito.

As transformações, furtivas como a brisa,

são sombras que dançam ao nosso redor;

em um instante, percebemos que os anos,

com suas mãos sutis,

modelaram nossos corpos e almas.

 

O espelho, testemunha silenciosa,

reflete um eu que já não é o mesmo.

Emagrecemos ou ganhamos peso,

o tempo é um escultor incansável,

e o visual, uma expressão das estações da vida.

Algumas roupas, como antigas promessas,

já não servem mais,

mas talvez seja hora de um novo guarda-roupa,

de novos ares, de novas histórias.

 

As quedas, outrora dolorosas,

agora são risos entre amigos,

um jeito de lembrar que somos humanos,

que a dor e a alegria caminham lado a lado.

Perdemos contatos, é verdade,

mas a vida nos presenteia com novos laços,

novas almas que cruzam nosso caminho,

trazendo frescor e novidade ao nosso cotidiano.

 

Os desafios que antes pareciam montanhas,

agora são meras histórias em um livro,

folhas viradas, lições aprendidas.

Novas responsabilidades invadem nossas agendas,

como hóspedes inesperados,

mas talvez sejam oportunidades disfarçadas,

convites para crescer, para nos reinventar.

 

Hoje, que possamos ser como um rio,

seguros em nosso curso,

navegando pelas incertezas com confiança.

Que sejamos como a chuva,

caindo no momento certo,

aliviando a sede da terra que nos rodeia,

preparando o solo para o florescer.

E como o pôr do sol,

que nos ensina a despedir-se,

sabendo que, após a escuridão,

um novo amanhecer sempre nos espera,

com seu manto de luz e promessas.

  • Autor: Sezar Kosta (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de outubro de 2024 14:10
  • Comentário do autor sobre o poema: Ah, a vida! Cada dia, uma nova tela em branco, não é mesmo? Como se fôssemos artistas com pincéis na mão, prontos para deixar nossa marca no universo! Às vezes, as transformações são tão furtivas quanto uma brisa suave que passa desapercebida, mas, de repente, lá estamos nós, refletindo em um espelho que parece ter sido um escultor nos últimos anos. Magros, cheios, com novas roupas, outras que já não servem mais… tudo uma questão de estação, assim como as árvores que trocam de folhas. E o que dizer das quedas? Ah, essas se tornaram piadas que compartilhamos entre amigos, pequenas lembranças de que somos todos humanos, dançando entre a dor e a alegria. É curioso, não? Perder alguns contatos e ganhar outros é como trocar um bilhete de amor: uma nova oportunidade de contar uma nova história! E aqui estou eu, refletindo sobre isso tudo e pensando em como as novas responsabilidades são como hóspedes inesperados que batem à nossa porta, trazendo com elas a chance de nos reinventarmos. O que você acha de tudo isso? Estou curioso para ouvir suas impressões! Deixe um comentário e vamos trocar ideias!
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 10
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Comentários +

Comentários2

  • Melancolia...

    Sempre se destacando com teus belos poemas meu amigo....

    Abraços.

    • Sezar Kosta

      Uau! Seus comentários são como um café quentinho numa manhã fria: aquecem o coração! Obrigado por dedicar um tempinho para me escrever. Que cada novo dia traga surpresas doces como um pedaço de bolo!

      • Melancolia...

        Opa meu amigo...
        Vou querer uma fatia desse bolo....

        O café deixe por minha conta...

      • Rosangela Rodrigues de Oliveira

        Isso mesmo todos os dias temos uma tela em branco pra desenhar como será nosso dia. E claro alguns amigos saem de sena pra outros entrarem é Deus colocando o que precisamos não o que queremos. Belo poema poeta. Boa tarde.



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