Avante navegador que singra pelos mares
Avante filho de Sagres que tem em tuas mãos a Bussola e o sextante
Atravessa pelos mares para chegar ao teu destino que está além dos marés
Enfrenta as águas rebeldes que rasgam as naus e engole os mais corajosos marujos
Toma a tua coragem e entra no olho do desconhecido e avança pelo acaso da sorte dos tolos
Vence os monstros de tua superstição que te assombram e te seguem em teus passos pelo convés
Guia o teu imediato e o encoraja a olhar para os vagalhões que devoram a coragem do pago por dois dobrões
Da a ordem aos teus homens para levantarem as velas e atravessarem as águas famintas de ingênuos
Mira em teus objetivos únicos que constroem futuros e destroem costumes
Conduziras os nobres e aos tiranos
Levaras ao ouro e deixaras a desgraça ao estranho teu
Mataras ao sonho de liberdade do teu semelhante
Serás herói, mas darás caminho a violência
Banharás com sangue a terra nova
Tirarás o sossego da mãe e sepultarás o filho da terra
Te erguerão estátuas e cantarão canções heroicas ao teu favor
Avante filho do mar bravio
Avante filho da glória futura
verás a gaivota por sobre as águas como prenuncio de terra que não são as tuas
De teu nome restará o teu feito
De tua era teu gesto
De tua mão, cartas
Avante homem naval, filho dos sonhos da Odisseia.
- Autor: kleisson ( Offline)
- Publicado: 20 de outubro de 2024 00:44
- Comentário do autor sobre o poema: Uma menção ao período das grandes navegações que trouxeram glória e também caos ao mundo novo e a escravidão como mazela a nossa sociedade, da glória veio também os crimes dos homens da época.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3
- Usuários favoritos deste poema: Lilian Fátima
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