Solidão
Passam-se as horas,
vão-se os minutos,
assim passa o tempo
que não vejo voltar.
Me enrosco na cama
no meu desespero
coração apertado
abraço o travesseiro
procuro teu cheiro
que também se esvai.
No escuro do quarto
ouço o relógio
que empurra as horas
arrasta o tempo
não quero dormir
tenho medo de sonhar.
Arrasto os pés
não tenho forças
sinto tua falta
a minha alegria
partiu um dia
quero chorar.
Vou pro chuveiro
sofro calado
lembrando o passado
soluço abafado
sob a água quente
as lágrimas caem.
Em pé na sala
olho com desânimo
para o teu lugar
a solidão preenche
a vazio que sinto
ao deixares de me amar.
Diante da janela
olhar perdido
no seu jardim
através do portão
ainda vejo
o sol que cai.
As flores secas
também morrem
em sofrimento
sentem tua falta
do teu carinho
que não tem mais.
Na minha memória
guardo nossa história
enquanto o mundo corre
todos tem pressa
ninguém se interessa
em ouvir eu contar.
Sem a tua companhia
tomo a sopa fria
enquanto dorme o gato
em tua cadeira
ainda esperando
você voltar.
O silêncio enche a casa
inunda minha alma
apático me afogo
no tempo que sobra
não tenho certeza
e aguardo a hora
de eu te encontrar.
E nessa madrugada,
ainda espero que o sono apareça,
que o sonho venha,
para com você eu sonhar.
Comentários2
Como a solidão inspira poetas e músicos, mas também castiga corações apaixonados. Belo texto no tema. Abraços
Obrigado estimada poeta, fico grato por sua leitura e comentário. Abs.
Querido escritor,estou lisonjiada pelo privilégio de estar conhecendo teu belo trabalho!!!
Sinto me preenchida por suas palavras ditas de forma tão sincera que me transporto pra dentro do poema!!!... Deixo aqui meu imenso obrigado!!!
Um enorme abraço ?
Lise, fico feliz com seu comentário e sinto-me abraçado por sua leitura tão atenciosa. Abs.
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